"Tento encontrar a felicidade, mas ela se desvia mim toda vez que a encontro.
Era assim toda vez que acordava e sabia que teria mais um dia infernal pela frente. Acordava sempre de mal humor, mas era preferível não falar com ninguém sobre suas emoções, pois sempre viriam com aquele infeliz conselho: - As pessoas te amam./ Você é importante./ Não fica assim./ Se acalma, tudo vai melhorar. Esse blá blá blá que todo mundo fala quando quer consolar alguém, e no fundo sabe que de nada adianta.
A felicidade foi definida em sua vida como algo inexistente, não sei se somente para sua vida, pois parecia que realmente existem pessoas felizes, oque definitivamente nunca foi seu caso.
Já estava com certa idade e sem nenhuma grande conquista em sua vida, uma pessoa inútil a si própria e a sociedade.
Todos os dias questionava-se o porque de tudo isso não ter um fim logo, mas era muito covarde para não dar a si mesmo o próprio e esperado fim.
A armagura ia tomando conta de sua alma, de seus dias.
Já não fazia mais planos, já não tinha mais sonhos... desaprenderá a amar. Triste quando um ser humano se dá conta que é somente mais um número da imensidão de rostos no mundo.
Incontáveis eram os dias que não tinha vontade de sorrir.
Incontáveis eram os minutos que tinha que existir.
Somente existia, pois há muito o prazer da vida deixará de existir naquele corpo que só vivia por viver.
Já não queria mais estar ali, mas era obrigatoriamente a estar.
Queria aprender a acreditar no ceticismo, pois assim o morrer seria mesmo o fim, sem correr o risco de ter que passar por tudo isso novamente.
E como sempre, teve que voltar a sua vida, pois por ora é a única que tinhas."
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Texto: Raquel Belchior
Imagem: Corbis Images
Um comentário:
Texto vem bem a calhar para o meu atual estado de espírito...
É... Amiga alma-gêmea.
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Bjoooo, flor...
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