Cada noite uma noite única! Inigualável.
Quarta-feira, dia 13 de Abril de 2011 e lá vou eu pela manhã para a fila no Estádio do Morumbi.
E fiquei quase no mesmo lugar, mesmo chegando uma hora antes, pois eu queria de qualquer maneira ficar novamente no Inner Circle. Eu precisava ver Adam, Bono, Edge e Larry de perto mais uma vez. Ver as expressões mais uma noite. Ver o sorriso talvez pela última vez.
Eu já não sou mais uma garotinha que agüenta o "tranco" de ficar em pé mais de 12 horas dias seguidos. Minha vontade era de dormir na fila, mas o corpo (e diga-se também que a Artrite Reumatóide) já não deixa mais. Então tive mesmo que ir o mais cedo que pude.
Mas lá fui eu, com remédios até dizer chega enfrentar essa maratona por pura e simplesmente paixão.
Isso mesmo, essa paixão que atinge os loucos e até mesmo os mais racionais que se deixam levar por ela em algum instante da vida.
E o dia passa: chuva, sol, pessoas incríveis na fila, muita risada e até pizza.
Abrem-se os portões e vamboralá correr até o quanto agüentar.
Entrei! "To dentro e novo". Estou perto. Eu aqui, o palco ali.
Confesso que de Muse meu conhecimento era zero, mas depois de ver 3 shows na seqüência a coisa muda muito. É uma boa banda.
Mas voltando ao foco.
O show começa.
Uma banda inspirada, iluminda. Um Bono mais sorridente e simpático ainda.
Um set list quase igual ao primeiro dia, mas com a maravilhosa "All I Want is You", mas uma pena que só um trecho.
Naquela noite eu não queria nada além de ver os 4 o maior tempo que eu pudesse. Nada de efeitos do palco, nada de efeitos sonoros e visuais, para mim voz, guitarra, baixo e bateria "crus" seriam perfeitos.
Fotos e vídeos fiz tantos, que nessa eu erguia uma câmera para foto, outra para vídeo e só mirava, porém o olhar ficou o tempo todo praticamente focado em um só ponto.
Várias fotos desfocadas, vídeos tortos, fotos escuras. Claro que quis registrar para guardar para sempre comigo. Mas muito mais forte ficarão em minha memória todas as expressões faciais do Bono que meus olhos puderam alcançar naquela noite. Não tem como apagar aquele sorriso, aquele olhar, aquele fascínio que ele exerce. Isso sim, não tem como registrar a não ser comigo. É só meu.
O show acontece perfeito como sempre, o show acontece como só o U2 sabe fazer.
Mas, o momento crucial foi quando começou o "Ô ô ô ô ô..." de Moment Of Surrender. Eu soube desde o dia em que descobri que essa era a música de encerramento dos shows dessa turnê, que essa sim seria a mais difícil de escutar de todos os shows. Ela era a última. O fechamento. A despedida.
Não consegui me conter. Chorei e sai do estádio chorando. E ainda não a escutei novamente pois sei que vou chorar. Aliás, choro toda hora. Sou fraca ou emotiva demais.
É uma emoção que não dá, simplesmente não dá para explicar. Tem que sentir. Tem que gostar. Tem que viver.
E foi ali em Moment of Surrender que me despedi dos 3 dias maravilhosos pelos quais esperei loucamente nos últimos anos e claro, vivi intensamente!
Foi maravilhoso.
Foi gradioso.
Foi apaixonante.
Foi U2.
E sempre só terei a dizer: Muito Obrigada Larry!
Sempre muito obrigada pelo bendito anúncio que mudou nossas vidas.
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