12 de abril de 2012

Sim, eu ainda escrevo cartas!


Sim, eu ainda escrevo cartas.

Eu sempre fui uma amante da escrita, mas com os tempos se modernizando, as minhas "amigas" (geralmente do tempo da escola), acabavam parando de responder as minhas cartas. Isso me deixava triste demais. Com isso, como escrever cartas tem que ser uma troca para ficar gostoso, eu ia parando de escrever. Isso me entristecia muito, pois sempre eu ficava no vazio.
Mas em torno de 2004/ 2005 com a invasão da internet (veja bem, sou nerd desde 1999), fui convidada por uma amiga a fazer parte do Gazzag (um concorrente do Orkut na época, que não deu tão certo), lá ela criou uma comunidade voltada a pessoas que gostavam de se corresponder.
Pois bem, foi lá que finalmente encontrei nesse mundo pessoas como eu, que mesmo sendo viciadas em tecnologia, ainda apreciam muito escolher uma folha bonita, uma caneta gostosa e um envelope charmoso.
Claro que, às vezes (umas boas vezes) em meu caso, as cartas precisam ser digitadas (tenho Artrite Reumatóide) pois os dedos doem e muitas vezes fica difícil segurar uma caneta, com isso recorro ao meu fiel escudeiro Notebook, meu parceiro de todas as horas. Isso não diminui a importância do que é escrito digitado, pois o carinho e atenção são os mesmos, só que de outra forma a tinta é usada.

(Veja esse post, foi digitado ahahah)

Voltando ao Gazzag, mais exatamente na comunidade da Dequinha, o "Apaixonados por Cartas", nela conheci pessoas que hoje são fundamentais em minha vida. Trocamos o endereço residencial pela internet e começamos a nos corresponder. Foi mágico (é mágico).
De lá, saíram pessoas incríveis que hoje fazem parte de minha vida postal, virtual e real. As que vejo com mais frequência - não tanto como gostaria - são Helô, Eiko, Tati, Mieko e Leila. Essas são para sempre. Casa uma única ao seu jeito.
Claro que muitas outras vieram (e permaneceram, outras simplesmente passaram...) e seria injusto citar nomes mais nomes aqui e esquecer alguém. As citadas anteriormente eu vejo sempre que conseguimos.

Mas voltando as cartas. Certa vez ganhei um livro sobre cartas e escrevi ao autor, o vovô Overlac Menezes, ou para mim "Vovô Over" e acredite ele foi em casa e virou meu "avô adotivo". Inclusive, ando em falta com ele e preciso corrigir isso. :) Quando a saudade aperta, tem que ir atrás para matá-la. ;)

Como coleciono cartões postais, acabei por força da correspondência (veja ai a importância da troca postal para formar uma coleção) a conhecer mais gente, de sexo, idades, raças, cores e credos diferentes um dos outros. E sempre que possível, indo dar um abraço pessoalmente em meu correspondente postal. Já troquei postais com garotinho de 08 anos a senhor de 80. Lindo demais isso. A coleção e o mundo postal nos une. Nisso, o foco os cartões postais.

Existem também o fascinante mundo dos Deco´s, FB´s, Label´s, Sticker´s, Slam´s e afins, que são trocas deliciosas que geralmente acompanham materiais de papelaria.

Enfim, como podem perceber o mundo maravilhoso das cartas estão ai, bem diante de nossos olhos e facinho facinho de alcançar.
Uma terapia deliciosa, um mundo fantástico.
Recomendo a todos a deixarem o preconceito de lado, e sim reviver o delicioso momento de escrever uma carta. É mágico, e passa uma energia incrível.

E eu sempre vou dizer: Sim sim, eu ainda escrevo cartas!


Imagem: CORBIS

2 comentários:

Iranise disse...

Oi Raquel, eu ainda escrevo cartas tb, e não me importo se são escritas a mão ou digitadas, o importante é a magia da troca de correpondencias...Comecei em 1989 e até hoje não parei e sou viciada nas trocas dos decos, que eu amo, são uma terapia tb!
um beijão e viva as cartas!

Leila disse...

Uia! Tem eu aí em cima! Que emoção!! Que honra!
Mas, realmente, o mundo da correspondência é mágico, muito especial.
Comecei nos anos 90, me correspondendo com fãs do Menudo, eram milhares de carta. Meu endereço saia em revistas internacionais, era uma delícia.
Mas com o tempo fui parando, não tinha tempo livre para me deliciar com isso.
Mas agora estou retornando, e mais amadurecida está sendo muito mais gostoso.
Beijo grande, amiga Quel, que eu tanto amo.